...Ébrio...
Na face um
rubro sorriso não anima...
Destemido e
sólido...
Ébrio de
“sins” e ébrio de “nãos”, Sem a cisma, ou o rancor.
E sim com o
calor da embriaguez, toda a embriaguez que nunca...
Nunca satura o homem: ao contrário acalenta seu âmago
desbravador.
A seleção é mais que natural: É santa.
E a Inquisição ainda rosna entre os trêmulos hiatos.
Onde a sombra esquinada do destino...
Intermedia a
pacatez das tardes mornas do “meu” ontem.
E ontem ouvi
a opereta dos Anjos...
Os anjos... que são Ébrios de Deus.
Deus que ressona os teus martírios...
E enleva tua alma.
Deus que reflete a calma de criança.
A criança, ou a bonança.
O ópio é oxigênio.
E o oxigênio é o ópio...
Que inalamos todos os dias.
Os dias reclamam seu gás...
E o gás é Satanás...
Ele cria e recria...
Contudo não poderá ser perene como um Deus...
Valéria Guerra Reiter
OBS. Este poema venceu concurso em coletânea Sarau Poético - da editora Vivara.
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